quinta-feira, 25 de março de 2010

Longe demais

Só hoje estou tendo cabeça para sentar e escrever o que eu fiz. Reconheço que foi uma loucura, mas foi uma experiência tão excitante que não posso deixar de registrar e divulgar, para que saibam até onde o desejo de prazer pode chegar.

Sou reservado, levo minha vida sexual com bastante discrição, mas faz tempo que optei pelo homossexualismo. Tenho relacionamentos duradouros, menos afetivos e mais genitais, geralmente com pessoas de fora, que vêm me visitar maringa. Isso me dá a liberdade de aproveitar mais a leviandade da juventude. Tenho 22 anos e não quero, de modo algum, perder a mínima ocasião de experiências sexuais interessantes.

Na terça feira,23-03-2010, fui até a rua às 6h30 da manhã, porque me deu vontade de comer pão francês quentinho no café. Fui passando pelas lojas fechadas, olhando para o trânsito e para o céu azul, reparando nas pessoas. A população matinal tem seu charme, um ar saudável e inocente que a gente da tarde e da noite não tem. Não me espantaria nada ver as pessoas se cumprimentarem na rua, de manhã cedo.

Quase ao chegar na esquina, onde fica a padaria, passei por um grupo de rapazes, amontoados, dormindo profundamente. Parcialmente atravessado de costas sobre o corpo de um deles, havia um que logo me pareceu ter quase a minha idade e que me chamou a atenção pelo fato de estar com o zíper (se é que havia um) da calça aberto. Isso fez disparar minha imaginação, que logo se pôs a construir uma explicação extremamente erótica, associando a postura dele, as olheiras em seu rosto e seu contato físico tão próximo com o outro à exaustão que teria se seguido a uma intensa atividade sexual na véspera.

Na padaria, tive que esperar por uma nova fornada. Quando voltei, cerca de 15 minutos depois, percebi movimento no bolo humano que eu tinha visto. Reduzi o passo e pude perceber que o mesmo cara, agora de bruços, com a calça baixada até o meio da bunda, fazia vigorosos movimentos de cintura. Sua cabeça raspada estava deitada sobre a do outro, forçando-a para baixo, enquanto, com um braço, ele lhe aplicava uma chave de pescoço. O outro se debatia violentamente, tentando erguer a cabeça para gritar, mas era inútil. Só se ouviam gritos surdos, abafados no tecido imundo da roupa de um terceiro, adormecido ou drogado. Quando eu ia começar a passar bem ao lado deles, o cara que forçava o outro ergueu a cabeça e me olhou direto nos olhos, com o olhar mais agressivo que eu tinha visto até aquele dia. E, para espanto meu, o outro, vendo-se mais livre, também se virou e me lançou um olhar tão debochado que eu acelerei o passo sem um mínimo de piedade. Chegando em casa, percebi que minha cabeça estava a mil. Eu não parava de visualizar a cena da rua e as expressões dos caras. Preparei meu café e comecei a comer em pé, na cozinha mesmo, mas logo percebi que eu estava não só transtornado, mas completamente excitado.

Quando desci para ir para o estágio, tornei a passar pela galeria, mas ela já estava aberta e o cara da expressão agressiva estava em pé, sozinho, encostado numa das colunas, com meias mãos nos bolsos. Ele tinha fechado o zíper da jeans imunda, mas o botão de cima não existia e deixava ver a fileira de pelos que ia até o umbigo. A camisa aberta deixava ver a barriga plana e o peito liso. A cabeça raspada acentuava os traços e, sob os olhos, desciam profundas olheiras azuladas, certamente oriundas da droga barata e das mal-dormidas noites e orgias de calçada. Ele me olhou pela segunda vez e pude perceber que me reconheceu. Quando passei (a meio metro de sua cabeça) e minha visão periférica já não o compreendia mais, pude ouvi-lo dizer, num cochicho: “Eu espero”.

Não consegui fazer nada no estágio, na terça feira, 7 -03- 2010. Minhas pernas chegaram bambas, pedindo cadeira, minha concentração foi zero e meu desejo de não estar lá chegou a 100%. Mas os segundos viraram minutos, os minutos horas e as horas… Quando, enfim, chegou a hora do almoço, a única coisa que me passou pela mente foi pegar o ônibus e voltar à minha rua. Eu precisava desesperadamente fazer coincidir a imagem que não me deixava com a coisa real, nem que fosse para me certificar de que era verdade e não alucinação.

Ele não estava lá. Nem na porta da galeria, nem na calçada, nem na padaria. “Como eu sou burro!”, pensei, vendo claramente que um cara daqueles não iria ficar parado o dia todo numa porta de galeria aberta. Nem me dei o trabalho de ficar tentando imaginar um lugar onde encontrá-lo; tomei o ônibus de volta e passei o resto do dia com fome porque não deu tempo de almoçar. O período da tarde foi um pouco mais produtivo, pude corrigir algumas besteiras que eu tinha feito de manhã, mas a opressão do tempo longo continuou desesperadora.

Quando passei novamente pela galeria, por volta das 6h da tarde, eu também não o vi. Fui para casa e, quase sem falar com ninguém, tomei um banho, fui para o quarto e botei um CD do The Verve. Quando começou “This could be my moment”, não agüentei, me vesti de novo e fui para a rua, mandando o meu irmão dizer à minha mãe que eu não ia jantar em casa. Eu estava obcecado pela imagem do cara de expressão dura. Resolvi me sentar num murinho do outro lado da rua e ficar esperando. Por volta das 8h eles voltaram, ele e mais uns dois caras, mas não o que ele tinha comido. Esperei alguns minutos e atravessei de volta.

Fui em direção à galeria, que tem 3 portas enormes, abertas até às 9 da noite. Quando entrei, a mesma voz cochichada me disse: “Não falei que eu ia te esperar?” Eu logo entendi que ele tinha me visto do outro lado da rua. Continuei caminhando para dentro da galeria, que tem lanchonetes, um cinema fajuto, lojas de terceira e que já tinha trocado o borburinho do dia pelo movimento noturno. Me sentei num dos bancos da lanchonete e pedi um caldo de cana, que eu fiquei tomando em pé sobre o piso de mármore que já foi branco um dia. Não demorou muito, o cara se aproximou e me pediu para pagar um caldo de cana e um bolinho. Eu paguei, ele deu uma mordida no bolinho de carne, um gole no caldo e ficou me olhando com uma expressão de dar medo, alguma coisa hostil misturada àquele ar de deboche que eu tinah visto no outro cara. Sem saber o que fazer, perguntei se estava bom. Sem nem sequer pensar, ele respondeu, na lata, me perfurando com o o lhar: “tu tá querendo dar pra mim, né véi?”

Senti imediatamente meu rosto ferver e olhei para os lados para ver se ninguém tinha ouvido aquilo. Não havia ninguém por perto e o cara que eu conhecia da lanchonete estava fazendo faxina. Me lembro que a única coisa que eu consegui dizer foi: “Que é isso, cara!” Mas ele não titubeou e devolveu: “Quer ou não, mano? Ou vai ficar só de viadagem, passando e olhando?” Percebi que não tinha nada a ver retrucar e tentar me defender. Afinal, se eu tinha feito aquilo tudo, era por alguma razão. Não tinha cabimento disperdiçar o que “could be my moment”! Respirei fundo e disse a ele que eu não tinha lugar. Ele se virou e foi saindo da galeria, andando rápido. Fiquei olhando por uns segundos, até que ele se virou e fez sinal com a cabeça. Comecei a segui-lo de longe.

A rua paralela à rua da galeria é bem menor que ela e tem umas transversais estreitas e desertas. Algumas delas são becos completamente desertos. Foi para um deles que eu logo adivinhei que estávamos indo. Quando chegamos ao começo de subida de morro de um dos becos, o cara virou e disse que eu ia ter que pagar. Eu só tinha uns dez reais comigo, e o trocado da lanchonete. Ele me olhou e comunicou que eu ia buscar mais depois, se não quisesse aparecer num morrão, cheio de furos. Gelei, mas não estava mais em condições de avaliar nada e muito menos desistir. Estava me sentindo humilhado, porque já não era eu que estava escolhendo, era ele. Eu tinha perdido o controle da situação.

Eu ia seguindo o cara, que subiu uns 50 degraus e entrou por uma trilha que dava, uns 30m adiante, num espaço de terra batida onde se viam latões velhos e enferrujados de lixo, alguns emborcados, outros não. Um poste iluminava mal o chão e dava para notar que o lugar só era freqüentado por gente barra-pesada ou em circunstâncias como aquela em que eu tinha me metido.

Assim que paramos, ele se sentou num dos latões emborcados. Pude ver novamente o peito liso e a barriga magra por trás das bordas da camisa xadrez aberta. As sombras produzidas pela pouca luz tornavam aquele rosto abatido ainda mais agressivo. Sem dizer nada, ele abriu o zíper e, com os polegares dentro da calça, tomou um impulso sobre o latão, para ir para trás, deixando a calça no meio das coxas. “Chupa!”, ele mandou, chegando para trás e me deixando ver o pau mole. Perguntei se eu podia colocar uma camisinha nele e ele concordou, talvez mais pela inovação do que por compreensão do meu nojo. Assim que eu peguei, ele foi se excitando e uns 17cm encheram a minha mão. Botei a camisinha e ele mandou de novo: “Chupa, viado!” Comecei a chupar sem tocar em nada, com as mãos na beira do latão. Ele parecia não sentir nada, acostumado a fazer com um bando toda noite. Eu decidi ficar calmo e aproveitar, já que eu tinha provocado o encontro. Mesmo tendo pouca experiência, arranquei uns gemidos daquele cara tão diferente de mim. Na verdade, ele grunhia, não gemia, enquanto eu percorria o pau dele, fazendo-o endurecer cada vez mais. Ele também não me tocava, mas fazia movimentos com as coxas, impulsionando o pau para me fazer engolir mais.

Estávamos sozinhos ali, ninguém passava. Isso me tranqüilizou a ponto de me fazer tirar a roupa toda. Fiquei nu e ele vestido. Quando voltei a chupá-lo, botei as mãos nas coxas dele, acariciando discretamente para ele não notar. Eram magras mas firmes, puro músculo, de tanto fugir, subir e descer morro, trepar... O pau dele ficou duro como um cabo de martelo e a minha vontade de dar para aquele marginal grosso e violento foi se tornando insuportável. Eu massageava minha própria bunda, tocando no buraquinho de vez em quando, enquanto chupava aquela tora com força, comprimindo os lábios e fazendo barulho de sucção ao soltar.

O cara nem dava sinal de querer gozar com o boquete, mas eu fui me sentindo mais livre, a ponto de pegar no pau dele e ficar massageando as bolas enquanto chupava. Ele ficou o tempo todo com os braços para trás, se apoiando na borda do latão. De vez em quando, sem que ele percebesse, eu invadia mais o meu cuzinho, usando a baba lisa do meu próprio pau. Quando a lubrificação chegou no ponto, consegui me foder com o dedo. Eu não via a hora de ser enrabado por aquele animal. De repente ele começou a falar: “Vai! Chupa esse caralho! Tá gostando, né putinha? Vai mamando na minha rola, viadinho! Não pediu? Agora mama! Mama que eu já vou meter nesse cu!” Isso me deixou tão excitado que a baba do meu pau escorria. Eu pegava toda e levava ao cu, chegando a meter dois dedos até o fundo.

Sem falar nada, com o pau na minha boca, ele me empurrou para trás e pulou para baixo. Eu fiquei de pé na frente dele, sem saber o que fazer. Como eu disse, o comando era dele, eu tinha perdido completamente o controle e tinha deixado tudo por conta dele. Pela primeira vez, depois daquela chupada demorada, nos olhamos bem de frente. Ele disse que eu devia ser um filhinho-da-mamãe e que era por isso que eu queria dar o cu pra ele. Que ele já tinha comido cu de muita gente e que viado era bom pra ser de escravo. Eu perguntei se o outro cara era escravo dele, ele disse que sim e completou dizendo que mataria o cara com as próprias mãos se ele desse pra outro. Depois disso, me mandou debruçar no latão onde ele tinha ficado sentado e, assim que eu fiquei na posição, colou o pau no meu rego, me agarrando pela cintura. Meu tesão era tanto que eu queria que ele me enrabasse com toda força, de uma vez.

Mas o que eu senti entrando não foi uma pica quente e molhada. Foi uma coisa dura e fria. Assim que ele desgrudou de mim, o cara meteu o cabo de um punhal no meu cu, a seco, num golpe só. Eu dei um pulo para frente e abafei um grito de dor. Assim que chegou no fim, ele puxou e me mostrou. Era um cabo amarelado, imitação de marfim, todo irregular, longo e grosso. Do lado oposto, uma imensa lâmina brilhante refletia a luz da clareira. Achei que a próxima etapa fosse ser a lâmina entrando no meu cu, mas ele não fez isso. Ele começou a rir, com a faca numa mão e a outra mão no pau já amolecido, as calças nos pés. Se não fosse trágico, seria cômico, pensei na hora, tentando rir para não chorar. Num gesto, ele me mandou voltar a ficar debruçado no latão. Ele estava para me enrabar.

Mal eu me virei, senti a cabeça procurando meu cu e o punho dele invadindo meu rego para conduzir o pau. Em um segundo, senti o saco bater contra o meu rabo e a batida forte do corpo dele contra o meu. Logo depois, começou o vai e vem mais furioso que eu já levei na vida. Ele me agarrou com tanta força pela cintura, que ainda estou com uma marca de cada lado e um lanho na barriga por causa da borda do latão. A camisinha logo secou e parecia que o meu cu estava rasgando a cada entrada do pau. Ele socava com tanta força que eu estava convencido de que não ia durar muito e que ele ia gozar em 2 ou 3 minutos. Que engano! Ele não parava! Era como se ele só gozasse quando decidisse. E era a primeira vez que eu levava um pau tão grande atrás. Eu sentia a grossura me abrir e o comprimento me invadir, bater nas paredes do reto provocando um calor que eu não conhecia. Mas o cara não parecia nem um pouco preocupado com o que eu sentia. Ele queria apenas encontrar o próprio clímax, para gozar e terminar. Às vezes ele largava a minha cintura e comprimia tanto as minhas costas que eu sentia a borda do latão dividir meu corpo em dois! Eu tentava empurrar o cara com uma das mãos, mas ele me mandava parar se eu não quisesse me arrepender depois. E, por cima da cabeça, eu ouvia: “Toma, viado! Toma! Toma! Engole no cu esse pau que você queria tanto!”, e continuava a socar furiosamente.

Meu pau estava mole contra o latão áspero e frio. Toda a minha mente estava concentrada no que estava acontecendo atrás, onde eu sentia um calor extremo e os músculos completamente frouxos. É impossível descrever o que seja a mistura de prazer e pavor. Ao mesmo tempo que eu sentia que estava fazendo a coisa certa e queria me entragar àquele bandido, o medo do que poderia vir depois era inevitável. Então, confuso, eu comecei a chorar. Chorei convulsivamente enquanto ele não parava de entrar e sair de mim. Ele dizia: “Não queria? E vai chorar, agora que conseguiu?” Eu tentei imaginar o que dizer, mas era inútil, ele não entenderia nada e, muito menos, compreenderia. Ele era apenas um animal sexual, hiper-resistente, que precisava de 40 minutos para gozar. A vara dele atravessava o meu reto a cada meio segundo, ampliando o diâmetro natural e produzindo calor e suor. Isso foi me deixando bambo, completamente bambo. Em dado momento, senti a minha bochecha esquerda contra o tampo frio do latão, afrouxei as mãos e comecei a deslizar para baixo. Isso enfureceu o cara, que me suspendeu por baixo dos braços, me tirando do chão e me deixando em ângulo de 90 graus sobre o latão, quase desacordado. Tirando o pau de dentro de mim, ele me deu uns 20 tapões na bunda, com as duas mãos. Depois voltou para dentro decidido a ir até o fim.

Socando sem parar, agarrado na borda do latão e me espremendo contra ele a cada investida, o cara recomeçou a falar: “Estou de saco cheio! Vou te encher o cu de porra, viadinho!” “Está gostando de ser enrabado pelo teu macho?” Como eu não dizia nada, ele começou a exigir: “Responde, putinha! Quero ouvir você dizer que está gostando!” Com a voz muito fraca, comecei a responder ao que ele me pedia: “Você é o meu macho... come esse cuzinho, vai... soca mais... goza no teu rabinho gostoso...” E também comecei a fazer uns gemidos baixos. Isso o deixou num estado incontrolável de tesão e, depois de quarenta minutos sem sair de cima, ele começou a gozar. Eu só sentia a pica cuspir como um canhão e aquele líquido grosso invadir o meu corpo e lubrificar tudo. O pau entrava e saía com toda facilidade, a tal ponto que o cara brincou de tirar tudo e tornar a mergulhar dentro de mim com toda força. Eu já não reagia mais, não sentia mais nada, estava como anestesiado. Quando finalmente ele tirou a rola de mim senti o líquido quente escorrer para fora, pelo saco, pelas coxas. Depois, soltei o peso e me vi descer até o chão, junto ao latão frio e enferrujado. A última coisa de que me lembro antes de pegar no sono, foi a sensação quente de um líquido tocando os meus ombros e descendo pelos braços e peito. O último gesto do cara foi urinar em cima de mim. Fiquei entre o sono e a inconsciência durante umas duas horas, me limpei como pude com papéis que encontrei por perto e voltei para casa. Me lembro de ter sentido um alívio porque o dia seguinte era sábado e eu não precisava trabalhar.

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